quarta-feira, 4 de março de 2015

A Busca Pela Felicidade

Em toda parte é em todas as sociedades, as pessoas passam por dificuldades ou sofrimentos, independente da classe social, ou seja, até as pessoas que gozam da prosperidade material. Isso porque os sofrimentos são inerentes aos humanos uma vez que criamos muitos de nossos sofrimentos. Mas, de certa forma, o que se observa e que, as pessoas que buscam ou tem o hábito da pratica eticamente positiva são ou podem ser assim chamadas de mais satisfeitas ou felizes como queira, do que as pessoas que não atentam para uma conduta ética. Mas, quando se fala de atitudes positivas é no sentido de juízos de valores criados de certa forma para nortear o caminho humano, como, por exemplo, a questão do certo é errado, o que é apropriado ou não dependendo da circunstância. O certo é que todos querem evitar o sofrimento, pois isso é uma aspiração de todos os seres sensíveis. Observe o que o Dalai Lama disse: no seu livros:Ums Etica Para um Novo Milenio.Pessoas de todas as posições sociais vêm visitar-me. Uma boa quantidade delas em especial aquelas que fazem o esforço de viajar até a sede do governo tibetano nas colinas indianas de Dharamsala, onde vivo no exílio – chega buscando alguma coisa. Entre essas pessoas há diversas que passaram por grandes sofrimentos: algumas perdêramos pais ou filhos, tiveram amigos ou parentes que cometeram suicídio, outras estão doentes, com câncer ou com doenças relacionadas à AIDS. Infelizmente, muitos têm expectativas pouco realistas e imaginam que possuo poderes de cura ou que lhes posso dar algum tipo de benção. Mas sou apenas um ser humano comum, O melhor que posso fazer para ajudá-las é compartilhar seu sofrimento. (Dalai Lama, 2000, p12). Diante da citação, logo temos a compreensão de que todas as pessoas independente de classe social, cor, etnia e etc. temos algo fundamental enquanto humanos, o sofrimento e a morte pois os tais nos colocam em um nivelamento de igualdade. Por isso não importa se somos preto ou branco, rico ou pobre, sexo ou religião, o que realmente importa e que todos desejam e buscam evitar ou de alguma forma amenizar o sofrimento. Mas, de modo geral o que o autor tenta expressar e que todo tem dificuldade e sofrimentos, ou seja, ninguém e melhor do que outro, pois todos estão fadado ao sofrimento até porque não existe mágica para tal. Ma a grande questão que as pessoas buscam saber é, como ser feliz?. Para ser direto ou até rude, é que, existe um processo de aprendizado nesse contexto de vivencia e o complexo existencial, pois a felicidade não existe na sua plenitude, mas sim a busca constante pela mesma. É isso se dá até pelo fato de todas as pessoas em toda parte buscarem formas de melhorar suas vidas nem que seja um pouco mais, e isso é legitimo. Geralmente muitos buscam a felicidade ou tentam canalizá-la em caminhos totalmente diferente para esse fim, e como pescar em um rio sem peixes. Exemplos têm aos montes de pessoas que buscam a felicidade em riquezas ou bens materiais, mas agindo assim de modo obsessivo, tais pessoas poderão ser fortes candidatos há serem mais insatisfeito do que as pessoas consideradas pobres. Porque ao invés de usar os recursos para auxiliar seu próximo só pensam em si, e estão envolvidos de tal forma com a idéia de adquirir mais riquezas. Daí cabe não cair no erro de julgar segundo a aparência, pois muitos aparentam boa aparência ou certo tipo de comportamento que às vezes pensamos puxa o fulano apresenta uma tranqüilidade em sua forma de ser e parece ser feliz, mas na maioria das vezes tais comportamento e aparência e resultado de vários tipos de tranqüilizantes e pílulas para dormir. Por isso há uma necessidade de não confundir, exterior do interior. Sem contar que conforme as tecnologias vão evoluindo mais e mais os homens ficam distantes uns dos outros perdendo assim um relacionamento mais próximo e afetivo que contribui melhor para a satisfação da sociedade do que o relacionamento eletrônico. Mas, no decorrer dos anos o que tem acontecido e que estamos cada vez mais independentes do outro a mais dependentes das maquinas e tecnologias, isso vem trazendo prejuízo para as relações que implicar no bem estar interior acelerando ainda mais a relações e fortalecendo o imediatismo, é uma vez que as coisas não acontecer como previsto logo vem à frustração. Não se quer mais aceitar que as coisas para acontecer é preciso passar por um processo de acompanhamento, aprendizado, equilíbrio e etc. não e que hoje sofremos mais do antes, só que, estamos mais ansiosos e estressados do que antes. E com os avanços tecnológicos nos distanciamos ainda mais do outro, mas num conjunto de relações não se pode querer ser feliz sozinho, mas é preciso existir comunhão e o ato de partilhar e ajudar o outro a amenizar sua situação, pois se preocupando com seu semelhante e o ajudando, estará assim iniciando a ética da compaixão. Pois se só pensar como manda o capitalismo estaremos então assimilando a idéia de que a minha felicidade não depende do outro, mas, sim dos meus esforços, mas, nesse sentido, paira então um entendimento de que os outros não fazem parte da minha felicidade, tão logo a felicidade do meu semelhante passa não ser relevante para mim. Ansiedade, estresse, a confusão, a insegurança e a depressão que prevalecem entre aqueles cujas necessidades básicas foram satisfeitas são uma clara indicação desse fato. Nossos problemas, tanto aqueles que enfrentamos externamente – como as guerras, os crimes e a violência – quanto os que enfrentamos internamente – nossos sofrimentos emocionais e psicológicos -, não podem ser solucionados enquanto não cuidarmos do que foi negligenciado. O descaso pela dimensão interior do homem fez com que todos os grandes movimentos dos últimos cem anos ou mais – democracia, liberalismo, socialismo – tenham deixado de produzir os benefícios que deveriam ter proporcionado ao mundo. (Dalai Lama, 2000, p28). Diante do citado podemos então navegar pelo rio da espiritualidade, uma vez que não podemos se valer dos movimentos já mencionados, isso porque uma revolução econômica, política ou tecnológica já se mostrou ineficaz nos últimos cem anos no que diz respeito a felicidade. Mas, o que o fator que o autor sugere para encontrar ou se aproximar dessa felicidade não externo é sim interno, pois a proposta neste contexto seria uma revolução espiritual já que a mesma se encontra esquecida pelos que almejam a felicidade. Todos almejam ser feliz, mas, a maioria esquecer-se de alguns princípios fundamentais para alcançá-la, ou seja, alguns pontos éticos universais que de alguma forma pode ajudar qualquer pessoa a alcançar ou se aproximar da tal que tanto aspiramos incansavelmente. Mas, é preciso desenvolver a espiritualidade para assim deixar os anseios de lado desenvolver o lado interior, com isso não quer dizer que o individuo é obrigado a seguir uma religião ou estão de continuo em uma igreja, pois o desenvolver dessa pratica se da no campo das qualidades unificadas que chamamos de espirituais, de certa forma está ligada ao bem comum do seu semelhante. Nessa perspectiva, partimos do principio de que precisamos de uma reorientação para que assim possamos nos distanciar das preocupações materiais e com a nossa pessoa. Desta forma iremos mudar o curso da nossa trajetória se voltando para a comunidade pela qual estamos ou deveríamos está ligado, para assim partir de uma conduta que reconheça os interesses do outro. Mas de fato sabemos que na maior parte dos sofrimentos que enfrentamos se dá pelo fato de termos falhado no campo espiritual, por isso a dificuldade de solucionar ou em alguns casos amenizá-los. Mas partindo da observação, entende-se que os homens estão de alguma forma, anestesiados basta ligar o radio ou a televisão no jornal, se não tiver noticias ruins como desastres, assaltos, homicídios e etc. o indivíduo logo dirá não passa nada que preste ou interessante nesse jornal. Isso porque nos dias hodiernos os homens se tornaram muito técnicos, por outro lado se verifica que, por mais sofisticados que seja os sistemas ou quão avançados sejam os métodos atuais, não são capazes de erradicar os erros e maldades, por isso a necessidade anunciar a cura para os seres anestesiados. Diante dessa reflexão cabe então uma pergunta, qual é a relação da espiritualidade e a ética para alcançar o que tanto se aspira? Por exemplo, o amor, a compaixão e muitas outras qualidades que supõem certo grau de preocupação pelo bem estar dos outros, dessa forma podemos manifestar o amor e compaixão pelos outros se ao mesmo tempo reprimirmos nossos impulsos e desejos nocivos. O fato é, não existe mágicas para a felicidade, isso se dá numa busca constante sem egoísmo e interesses, pois logo o indivíduo compreenderá que o que lhe fará bem e a satisfação comum de todos envolvidos no seu universo, isso porque o compromisso da ética com o cidadão praticante e visar o bem comum de todos. Portanto, uma coisa é certa, os problemas sempre existirão, mas o que se deve fazer no mínimo estar preparado ou ao menos tentar, no entanto uma das coisas fundamentais que o homem pode fazer é tentar ser melhor, ou seja, dar um significado maior para sua vida o quanto puder. Pois podemos começar considerando os outros como nos ensina o cristo, desta forma se assim o fizer com sinceridade, pouco apouco poderá ser capaz de reordenar seus hábitos e suas atitudes, e pensar menos em seus interesses e passará a pensar nos interesses das outras pessoas, assim poderá alcançar paz e felicidade para si. Um conselho, para conseguir tal objetivo é preciso abandonar não só o egoísmo, mas também a inveja e do desejo de sobrepor os outros, mas faça bem aos outros sem interesses, seja útil e bom, honesto e batalhador, desenvolvendo a ética e espiritualidade pois as duas andam juntas, observando assim algumas qualidades universais de fato conseguirá o objetivo. Mas para começar desenvolver as tais qualidades e preciso saber o que quer ou para onde vai, olha o que diz o adágio Popular; “o vento sopra a favor de quem sabe o que quer”. Mas, o ser humano nessa busca jamais pode esquecer tal conselho, se por algum motivo não puder ajudar alguém, procure ao menos não lhe fazer nenhum mal. Elizeu C. Melo

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